segunda-feira, 12 de março de 2012

Uma chuva pré anunciada molham os telhados, as arvores, o asfalto quente que nos rodeia.
Antes mesmo de sair na rua, a mesma chuva que mal caia já me inundava por dentro. São como as lágrimas esquecidas, adiadas, mas inevitaveis de acontecer. O dia foi tempestivo desde que pisei os pés na rua onde havia sol, os pensamentos voltados para todas as prioridades essas sim inadiáveis, ensaiando palavras algo que nunca funcionou comigo, porque no fim eu falo o que quero, e as vezes o que não quero também, meu repertorio nas mãos, uma esperança de um escape pensei: chegarei em casa, e na musica esquecerei dessas bobagens, minhas folhas nas mãos em uma pasta infelizmente de papel com o timbrado da minha prisão, eis que me dei conta que não tinha guarda chuvas, e pensei: me guardar de que? Não esperei nem minutos, misturei-me a chuva que caia um pouco mais forte, fui caminhando em disparado por um caminho mais longo de proposito, quando a chuva lavava minha alma, me dei conta dos meus papéis com aquelas letras lindas que mais tarde me cobriria toda estavam derrentendo, comecei a sentir frio também, e depois a me sentir uma estupida por mais uma vez eu demonstrar que não adianta nada, que eu sempre vou agir assim andando na chuva e destruindo aquilo que pode me salvar da minha própria loucura.

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