terça-feira, 27 de março de 2012

Quando tenho algo para fazer, quando finalmente resolvo dar aquelas escapadas, que andam impossíveis ultimamente, me vejo presa a compromissos, horários, prazos. É um dia todo contando os segundos, que não se transformam em minutos, e tudo me parece tão demorado que quando finalmente se transformam em horas eu já nem estou em orbita para aproveitar esse momento. A primeira coisa que eu penso é chegar em casa e me desligar, dormir. Mas, quando me vejo estou me dedicando o pouco tempo que me resta para ouvir uma musica, comer algo diferente, falar com um amigo, curtir as pessoas, mesmo sem sair do lugar, quando eu deito aquilo se torna uma confusão, os pensamentos e desejos gritam ao mesmo tempo por mudança, outras por uma presença, outras por eu fazer melhor uso do meu 'tempo'. E por fim começam a aparecer minhas necessidades internas e externas também. Hoje eu estava determinada a ir para casa, dormir ou tentar ir ao encontro de uma amiga para conversarmos um pouco, mas o lado onde passo todos os dias estava interditado, algo que me deixou irritada e me fez andar um pedaço até o outro lado da cidade para pegar minha condução, até que me vi exausta e resolvi parar em um shopping, havia musica e casais mais velhos dançando, pessoas com mesas lotadas de petiscos e cervejas vazias, aquilo me assusta: eu penso uma segunda feira, pode parecer sempre uma sexta feira basta QUERER. Não fugindo de suas responsabilidades, não me sentindo uma alcoólatra, confesso que já fiz algo parecido, em como por exemplo parar e beber em uma segunda feira, geralmente eu guardo até a quarta feira em diante, porque sou filha de uma pessoa com problemas de alcoolismo e tenho esse receio, mas apesar de me censurar de começo eu pensei: eu quero sentar aqui e pedir um chopp e não me importo com o que os outros pensam, sentindo dores todos os dias, sem concentração nenhuma no trabalho, na musica, para escrever, em nada do que eu faço, então é melhor ingerir álcool e não pensar em nada mesmo, apenas observando um mundo diferente da minha tragedia pessoal.

Nenhum comentário: