segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Meu primeiro blog tinha como titulo “O coração da Minha Mente” , ele foi criado em 2008 assim que eu tive a coragem de largar os diários manuscritos que depois de um ano ficavam nas gavetas cheirando a mofo. Eu sempre gostei de escrever, e antes eu imaginava: será que é de alguma serventia ou interesse de alguém saber desses complexos? Todos passam pelas mesmas coisas, você pode não ter vivido uma adolescência tão sex/álcool and rock’n’roll quanto a minha, mas acho que independente de você ser a princesa ou filhinho da mamãe, curtir Britney Spears ou Backstreet Boys, você também já amou, você também já sofreu algum tipo de bullying no Colégio, já teve o coração despedaçado por uma vaca ou um galinha babaca do Ensino Médio, ou já viveu um amor platônico, ou já foi apunhalado pelas costas pelo seu melhor amigo(a). Esses dramas mais marcantes da vida, todos nós passamos, beibes. Então, por que ninguém quer saber o que eu tenho a dizer? Como foi? Como sobrevivi. Eu também quero saber, conte-me.

Com o passar do tempo nem eu queria mais saber o que eu tinha pra dizer. As lembranças fortes deixadas pela forma intensa detalhadamente escrita me incomodavam nas minhas releituras, outras vezes meus pensamentos eram os mesmos, mas sem a mesma compreensão e algumas coisas não me atingiam tanto quanto antes, minha fé e delicadeza evidentemente extinta, aquilo tudo me incomodava, porque hoje eu também sou intolerante.

Então, cheguei a conclusão de que escrever é bom, mas é um choque de tempo em tempo, estou aqui insatisfeita com esse pequeno monstro que venho desenvolvendo, e sentindo uma imensa falta de como eu era, meu novo blog se chama “Mundo Particular”, bem sugestivo, não? Insuportável, egoísta, intolerante, radical e ser assim só cabe mesmo em um Mundo só meu, não cabe mais ninguém. Enquanto antes minha mente tinha um coração, hoje em dia meu coração tem uma Mente que pensa mais, pira mais e escreve menos. 



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Eu fico questionando o que não deu certo no nosso fim de semana como se fossemos um casal em crise. Mas, não somos um casal e nem estamos em crise.
No domingo eu fui embora sem se despedir. Me senti aliviada pois, tenho medo de despedidas ou nosso encontro poderia desencadear numa DR enorme sobre a noite anterior. Acontece que a noite anterior não aconteceu. Você não atendeu minha ligação e ignorou meus apelos de “to mal” pra comer uma menina depois de um chope num desses bares de playboy no Centro.
Melhor assim. Desta forma você não ficou sabendo que bebi cerveja sozinha e fiquei vendo um filme Elizabetano até dormir.

Você não sabe mas, no domingo em que não nos falamos eu passei a tarde inteira agoniada por perceber o fim iminente de um amor que eu sempre soube que tinha dia e hora pra acabar. Você não soube porque não me atendeu no sábado, logo, não soube que eu estava péssima e me deixou ir sem saber que endureci o coração no domingo à noite. E hoje, segunda feira, onde não tem mais chope, não tem mais ninguém  pra você trepar-vejo minha caixa de mensagens cheias desse seu papinho mentiroso de sempre, clico em responder:  “BABY, ESTOU PRONTA PRA OUTRA COISA E PARA LEVAR OS AMORES MENOS A SERIO. E DESCOBRI QUE É EXTREMAMENTE POSSÍVEL AMAR DE NOVO.  ESPERO POR MAIS SEXO E DIAS CALMOS AGORA EM DIANTE. CUIDE BEM DO SEU PÊNIS, MEU CORAÇÃO VAI FICAR BEM”. 

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