sexta-feira, 6 de junho de 2014

É preciso arrumar o armário, jogar coisas fora, deixar a janela aberta, escolher uma bela roupa, o lugar ideal, um par, enterrar os pés na areia, tomar banho de mar, entrelaçar os dedos.

Vamos fugir da nossa vidinha mais ou menos meu bem?

Esquecer por uns segundos, quem sabe horas-de todas as nossas magoas e de todo mundo que gostaríamos de mandar pro inferno. Só me faça esquecer o que você sabe que dói. E vamos rir de tudo isso.

Abra seus braços e me deixe deitar ao seu lado que eu te faço um cafuné enquanto falo coisas sem sentido. 
Vamos rezar, mentalizar coisas bonitas, agradecer pelo amor, o aprendizado, fazer planos, e dizer um pro outro que dará certo. 

E quando a gente voltar, que tenhamos esquecido de uma vida bem pior de um dia atrás. Que nosso coração esteja em paz, que nossa vontade de superar seja bem maior que a fragilidade do nosso querer. Que estejamos menos complexos, menos pra menos, mais pacientes. Deixa correr solto que um dia as coisas amanhecem em seu devido lugar, o que é nosso estará ali, com outro nome, em outros tempos, em outro momento. 

E a vida segue, depois que o dia termine.
Sempre juntos, porque estamos.

segunda-feira, 2 de junho de 2014




Eu acredito tanto em destino. Acho que tudo que envolve a vida e um todo existe uma força maior totalmente desconhecida. E acima de tudo existe Deus, exercendo o papel de herói e vilão porque ama, cuida, ensina. Tudo é questão de fé, e o quanto depositamos e confiamos nossas vidas em suas mãos, só assim saberemos compreender cada coisa, cada dor, cada bom momento, o amor. Aprendemos a dominar sensações, sentimentose com sensibilidade deciframos vidas, escolhemos ao lado de quem caminhar.

 Não é por obra do acaso que as pessoas se encontram e se desencontram.A cada segundo você encontrará alguém que possa mudar a sua vida pra sempre. Não sei com que frequência, eu só sei que ao menos uma poderá me dizer quem é essa pessoa.
No meu caso ocorreu algumas vezes, acho que tive sorte ou meu destino seja mesmo acolhedor.

E em pensar com muita dor naqueles que ficaram pelo caminho, porque hoje eu sei que minha jornada não tem fim, aliás, tem sim, nós temos um fim e não existe um fim pra esse caminho porque nunca chegaremos lá. Nunca chegaremos onde imaginamos, porque acreditamos que somos eternos e- não somos.

Eu sempre me pergunto.

 Por que não podemos viver pra sempre ao lado das pessoas que amamos e escolhemos? Por que é tão difícil entender que por mais que estamos no mesmo lugar algumas vezes, compartilhamos e criamos afinidades mas, cada um tem um destino, e é egoísmo não entender isso.


Porque é tão difícil guardar os momentos? Ter lembranças boas pra sorrir e quando precisar de um bom motivo pra ver que valeu a pena, é tão simples. Destruímos, esquecemos ou travamos uma briga contra o Universo, só pra esquecer o que não tem que ser esquecido. Porque a mágoa passou a ser nosso maior e mais forte sentimento que deseduca. Chega de fazer drama com o que “acabou”, querendo ou não, a gente continua. Continue em paz pelo menos.


E depois de tentar, ou quase não tentar.
O pouco que tentei da minha forma encarar um relacionamento,
- que acabou não dando certo.

 Eu me encontro numa posição frágil e ao mesmo tempo confortável.
Um conforto safado.
Sem sentimento, entrega e comprometimento.
E uma cartela de opções fáceis que suprem uma eventual carência. Dormimos juntos e acordamos “separados”. Sem necessidade de palavras fáceis que fazem perder tempo e caráter.

Sempre fui uma mistura de todas as substancias, teorias e postura do avesso, eu sou o lado “B”, sou quem preparo minha própria fogueira, acendo um cigarro, bebo enquanto os “outros tacam fogo com suas palavras”. Porque hoje em dia assumir que “sou puta” (como a sociedade descreve pessoas livres) é um prato cheio no mundo machista.Eu acho que as pessoas que querem curtir suas vidas com “participação” são livres, não “putas”.  Mas, enfim...

É um caminho muitas vezes doloroso, vazio, porém o melhor que encontrei até agora, eu consigo lidar com qualquer falso julgamento, mas não consigo me entregar, acreditar que “amar” funciona comigo, porque não funciona. Então, sexo casual funciona, o tinder funciona, o assedio e o desejo funciona, a bebida que encoraja funciona, o jogo funciona.

O que não funciona é o “faz de conta” que além de algumas horas juntos você é especial e eu penso em você beibe.
Não, meu bem, tudo que eu não quero é que você sinta, espere e me cobre algo depois, que firme um contrato de “exclusividade” parcial: de longe. Eu só preciso que você seja bonzinho comigo quando eu precisar e que eu continue voltando pra casa com o coração intacto e as pernas tremendo não por você mas, pela ressaca. Depois da“nossa noite” que eu esqueci depois que dormi.


Eu só preciso saber que não gosto, e então ficarei bem.