quinta-feira, 29 de março de 2012

Há os que não entendem, outros que me censuram, outros que ironizam pelos fatos recentes.
Eu não soube responder nenhuma dessas acusações sem fundamentos. 
Porque nossos fundamentos foram feitos com base em algo maior, e eu dispenso qualquer resposta.
Mas, se é saber o 'porque', eu vou dizer: - É porque quando o conheci eu passava pela maior dificuldade da minha vida, e mesmo me sentindo a pior ele conseguiu extrair o meu melhor e aos poucos fomos construindo tudo, e mais uma vez no pior momento me mostrou que não estava sozinha, então 'terceira pessoa do singular', amizades não são construídas da noite pro dia realmente. Mas, o que agiliza o processo todo, é como e quando é construída, e só de não ter sido com base em elementos pequenos já vale muito a pena, eu não quero exibições, beber vodca com ele nos bares, nas festas e depois ir embora e sequer lembrar do que aconteceu no dia seguinte. Eu quero a prova do que eu procuro  e que falta muito hoje em dia,  que são amigos que estão ao nosso lado quando mais precisamos. Eu tive sorte porque comecei sentada na janela, coisa que muitos não conseguem por muito tempo. E é reciproco.

Para: André Rocha (O BRANQUELO)
Cada palavrinha dedicada única e exclusivamente para você.

I'M SO HAPPY!







quarta-feira, 28 de março de 2012

The Only Exception

"Eu tenho um forte controle sobre a realidade, 
Mas não posso deixar o que está aqui diante de mim…
Eu sei que você vai embora pela manhã, 
Quando acordar, 
Mas me deixe com alguma prova de que isso não foi um sonho…

Queria poder ter você a todo instante, 
A todo momento, mas isso não é possível, 
Então para você abro excessões, 
Te ter apenas por algumas horas… 
Você é a única excessão!!!"


Eu sempre detestei ser apontada como: 'a garota que vem sempre aqui'.
É como se eu estivesse no meu lugar secreto, no meu mais intimo dos lugares e alguém acende as luzes e me surpreende. Me senti contrariada porque sou obrigada a concordar, eu sempre venho aqui mesmo.
Durante o dia eu já almocei diversas vezes com meus companheiros de trabalho, mas não me parecia misterioso, e sim uma rotina indispensável afinal, eu tenho que comer todos os dias. Diferente das vezes que estou na minha sala que por dias parece uma prisão então, por raridade eu preciso fugir e meus passos me levam até aqui, as vezes invento uma desculpa de ir em outro lugar, passo em frente só para não resistir e sentar aqui. Até que chegou o dia que acabou comigo, o mesmo garçom que já me serviu várias vezes meu almoço com meus colegas, me disse: VOCÊ VEM SEMPRE AQUI. O que me surpreende é que ele me trata de forma tão diferente é como se eu fosse uma pessoa de dia acompanhada e outra  quando apareço no final do dia sempre sozinha, com uma caneta e folhas de papel em uma pasta preta, com um chope na mesa que demoro minutos para terminar, eu gosto da musica que toca, dos zumbidos que são vozes que não consigo entender, aquele silencio barulhento de alguma forma me acalma, e eu escrevo aqui, e depois chego em casa e digito tudo, gosto da minha letra, da tinta azul nas folhas em branco, elas ganham vida, é como se eu fizesse um pouco mais de esforço além do simples fato de escrever ....
Eu tento me segurar, para não me esvair toda porque sinto que cada lagrima não promoverá a mudança, pelo contrário vai me levar direto a um rio desconhecido, tento ter esperança acendo meu incenso do Sol na janela, seguro meu rosário nas mãos todos os dias, engulo o choro pra não perturbar aqueles que quase param suas vidas para segurar a minha, mas apesar dos incensos, dos cristais, da fé, eu tenho uma sorte que é uma especie de dom, EU TENHO AMIGOS, tenho um exercito de ombros para chorar as pitangas sem perder a força. Quando não aguento mais guardar procuro umas três pessoas, mando uns emails, envio um sms ou uma mensagem na homepage de um, e bato na porta de outro pedindo carinho, compaixão, amor.
Eu falhei em todos os planos.
Eu não ganhei dinheiro.
Mas, eu ganhei tanto amor.
Eu troquei de emprego, amigos, vícios.
Eu mudei, e mudei pra caralho, tanto que só aqueles que me amam mesmo foram junto comigo nessa mudança, e deixei muita coisa para trás, sem dor, sem remorso.
Aprendi a conviver com a dor que acabara com metade do que tenho aqui dentro, mas com a outra metade eu renasci umas duas vezes depois. E por fim a unica coisa que eu queria era que minha capacidade de amar cresça, se é que é possível crescer mais. E que no final das contas tudo seja constante, que eu aprenda a conviver com as poucas coisas que me cabem uma felicidade imensa, em coisas tão pequenas como: ouvir uma voz no telefone, de acariciar meus gatos, receber o abraço das minhas meninas quando chego, de ler um sms e se derreter toda, de cantar cada dia uma musica que escolhi para narrar o dia, porra é difícil de acreditar, mas eu sou uma sortuda, só falta ganhar na loteria.
Certas coisas mesmo sem jeito, com defeito, desajeitado pode ser mais incrível para alguns do que para outros.
Tenho ideias, criatividade, frescura que chegue!
Mas, tenho uma atração pelo lado mais simples das coisas, e principalmente na hora de pegar paixão, sabe?
Quando você se apaixona por algo, mesmo que um dia você se canse e vai embora.  E um dia você bate de frente com ele e descobre que o patinho feio virou um cisne bonito, perfeito, acaba descobrindo que você não se apaixona pela perfeição, o amor é perfeito demais e somos cheios de defeitos, eu sou grossa, desajeitada, imperfeita e não estou aqui para competir mas, simplesmente olhar para o lado e ver que eu encontrei o meu companheiro, imperfeito também. E depois segurar nas mãos e sair por aí, levantando um voo e caindo no chão, mas não passa de efusão, de alegria compartilhada, de gargalhadas que mais parecem musica, flor e poesia. 

terça-feira, 27 de março de 2012

Quando tenho algo para fazer, quando finalmente resolvo dar aquelas escapadas, que andam impossíveis ultimamente, me vejo presa a compromissos, horários, prazos. É um dia todo contando os segundos, que não se transformam em minutos, e tudo me parece tão demorado que quando finalmente se transformam em horas eu já nem estou em orbita para aproveitar esse momento. A primeira coisa que eu penso é chegar em casa e me desligar, dormir. Mas, quando me vejo estou me dedicando o pouco tempo que me resta para ouvir uma musica, comer algo diferente, falar com um amigo, curtir as pessoas, mesmo sem sair do lugar, quando eu deito aquilo se torna uma confusão, os pensamentos e desejos gritam ao mesmo tempo por mudança, outras por uma presença, outras por eu fazer melhor uso do meu 'tempo'. E por fim começam a aparecer minhas necessidades internas e externas também. Hoje eu estava determinada a ir para casa, dormir ou tentar ir ao encontro de uma amiga para conversarmos um pouco, mas o lado onde passo todos os dias estava interditado, algo que me deixou irritada e me fez andar um pedaço até o outro lado da cidade para pegar minha condução, até que me vi exausta e resolvi parar em um shopping, havia musica e casais mais velhos dançando, pessoas com mesas lotadas de petiscos e cervejas vazias, aquilo me assusta: eu penso uma segunda feira, pode parecer sempre uma sexta feira basta QUERER. Não fugindo de suas responsabilidades, não me sentindo uma alcoólatra, confesso que já fiz algo parecido, em como por exemplo parar e beber em uma segunda feira, geralmente eu guardo até a quarta feira em diante, porque sou filha de uma pessoa com problemas de alcoolismo e tenho esse receio, mas apesar de me censurar de começo eu pensei: eu quero sentar aqui e pedir um chopp e não me importo com o que os outros pensam, sentindo dores todos os dias, sem concentração nenhuma no trabalho, na musica, para escrever, em nada do que eu faço, então é melhor ingerir álcool e não pensar em nada mesmo, apenas observando um mundo diferente da minha tragedia pessoal.

segunda-feira, 26 de março de 2012

É O ROQUEEEEEEEEEEE BEBÊ!




BERNARDO B'DAY!









Sim, tenho perdido minhas noites de sono ultimamente, apesar de ser uma das coisas que eu não abriria mão, mas a solidão apesar de ser 'sozinha' ela é barulhenta, e confesso que está fazendo uma bagunça aqui. Noites e noites em claro pensando no que escolher, em que abrir mão, e essa porra de escolher coisas não são muito compatíveis com meu estilo de vida, então escolho sempre deixar as coisas como estão, adiando decisões, e com essa desorganização interna que é pior do que qualquer dor de cabeça, sono, mal estar do dia seguinte.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Apesar de jamais ter sofrido alguma violência, tanto de desconhecidos quanto de um conjugue ou namorado, esses dias por ironia do destino me deparei em Delegacia a primeira vez, uma não duas. Mas, não quero falar sobre o que me fez chegar até lá, e sim do que eu vi. Vi mulheres varias delas ambas como eu agredidas, mas elas tinham pontos diferentes casamentos, filhos, amor, frustração e finalmente uma iniciativa de usar os seus direitos mesmo sem estarem certas e magoadas, mesmo apaixonadas, mesmo esperançosas aguardando alguma mudança, mas a lei é clara e não tem volta. Logo atrás estava uma mulher, eu pude prestar atenção no policial perguntando: A Senhora quer que eu entre com uma medida de proteção contra ele para que ele fique a 200 metros no mínimo de distancia contra a Senhora? Sim ou Não? Ela respondeu: Eu só quero que ele pare de me ameaçar. Ele disse vou perguntar de novo. A senhora quer que ele não se aproxime mais da Senhora? Ela respondeu indecisa. Eu só quero que ele pare de me ameaçar. Ele respondeu: eu não entendo vocês, são agredidas, ameaçadas, vem a uma Delegacia da Mulher e não quer que tomemos providência para assegurar a integridade de vocês? Quanto de distancia ele pode estar entre a senhora que a faça se sentir segura? Aposto que não existe mas, ainda sim você ainda quer ele por perto, mesmo depois de ter lhe agredido, isso é amor? A Senhora quer voltar para seu conjugue ou quer virar essa pagina, e não ser mais submetida a isso? Ela voltou a repetir se mostrando completamente insegura.
Mas, realmente desde que a lei entrou em vigor, antes eram poucos casos de agressões domesticas, ou de outras denominações contra a mulher registradas, a grande maioria de quantidade alarmante não estavam nas estatísticas sendo na maioria anônima e reincidente, ou seja, além de não ter punição alguma aconteciam duas, três vezes e elas eram submissas e suscetíveis à isso , eu pensava que quando uma mulher entrava na Delegacia da Mulher para prestar queixa, eram decididas, mas ainda tem muitas que não vão por vontade própria e sim incentivadas por familiares, amigos, vizinhos, infelizmente. 

terça-feira, 20 de março de 2012

Projeto Acústico!

Eu e meu amigo Dj e musico, Vinny Rodrigues  já tocamos juntos em uma banda de Metal, Gothic!
E desde que deixamos de fazer parte das bandas, desenvolvemos a vontade de fazer um projeto paralelo envolvendo Pop Rock, Anos 80, 90, 00, House, MPB nada tão pesado quanto nossas participações anteriores,  temos um ótimo entendimento, nossas ideias batem, gosto muito dele tocando violão e guitarra, e sem contar na nossa amizade, na loucura compartilhada, nas ideias malucas, da vontade de fazer, e principalmente, se divertir MUITO fazendo o que a gente gosta. A musica é uma terapia alternativa incrivel, é a CURA, um milagre pessoal, e agora nessa fase difícil que tenho enfrentado desde o ano passado e agora, vai ser além de tudo um projeto sério e minha salvação pessoal. Visitem e acompanhe tudo o que vai acontecer, o projeto, as musicas, repertórios, dicas, estamos aceitando sugestões de nome NÃOTEMOSUMNOMEAINDA. E em breve postaremos fotos, gravações do ensaio, não tenho previsão de apresentações mas, no blog tem espaço para a agenda, nos eventos futuros. E no blog terá assuntos sobre sustentabilidade, responsabilidade ambiental, social e outros assuntos diversos, temos o link do GREENPEACE e adicionaremos outros projetos. O projeto está crescendo, ganhando novos músicos, cantoras , ideias, estou amando tudo!


Bio

Dois amigos, que já passaram por algumas bandas,
e com uma ideia en comum,
faze
r covers de algumas músicas.

Pop Rock: 80's, 90's, 2000's,
Pop Raggae, House e outros géneros musicais.


quinta-feira, 15 de março de 2012

Hoje eu acordei CAZUZA!

"As possiblidades de felicidades
são egoistas, meu amor
Viver a liberdade, amar de verdade
Só se for a dois, só dois"

quarta-feira, 14 de março de 2012

"Eu não me importo com o que os outros pensam sobre o que eu faço, mas eu me importo muito com o que eu penso sobre o que eu faço. Isso é caráter."

Coisa Linda do Dia!

9 meses em 90 segundos!
Lindo, curti muito a ideia!

terça-feira, 13 de março de 2012

[13:35:35] Ana Paula Ribeiro: Já joguei minha agenda fora apesar de nova, já desliguei meu celular por tempo indeterminado, já mudei de lugares, de amigos, de amores, parei de comer chocolate, escrevo mais, canto mais, bebo menos, não fumo mais, , já voltei ao lugar que mais gostava, já penso em dar uma chance pro passado, recuperei minha fé, agora só falta mudar meu nome, não aguento mais.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Uma chuva pré anunciada molham os telhados, as arvores, o asfalto quente que nos rodeia.
Antes mesmo de sair na rua, a mesma chuva que mal caia já me inundava por dentro. São como as lágrimas esquecidas, adiadas, mas inevitaveis de acontecer. O dia foi tempestivo desde que pisei os pés na rua onde havia sol, os pensamentos voltados para todas as prioridades essas sim inadiáveis, ensaiando palavras algo que nunca funcionou comigo, porque no fim eu falo o que quero, e as vezes o que não quero também, meu repertorio nas mãos, uma esperança de um escape pensei: chegarei em casa, e na musica esquecerei dessas bobagens, minhas folhas nas mãos em uma pasta infelizmente de papel com o timbrado da minha prisão, eis que me dei conta que não tinha guarda chuvas, e pensei: me guardar de que? Não esperei nem minutos, misturei-me a chuva que caia um pouco mais forte, fui caminhando em disparado por um caminho mais longo de proposito, quando a chuva lavava minha alma, me dei conta dos meus papéis com aquelas letras lindas que mais tarde me cobriria toda estavam derrentendo, comecei a sentir frio também, e depois a me sentir uma estupida por mais uma vez eu demonstrar que não adianta nada, que eu sempre vou agir assim andando na chuva e destruindo aquilo que pode me salvar da minha própria loucura.

Fim de Semana de R.P.B Bebê!





meus lindos La Nouva Gioventú!


Meu Lucas, digo: João!

Muniz Comtrema!






ARLINDAS!

"Existem coisas piores que estar sozinho mas geralmente leva décadas para entender isso e quase sempre quando você entende é tarde demais. E não há nada pior que TARDE DEMAIS."

quarta-feira, 7 de março de 2012

Minha Vida é uma Mentira!

Geralmente esses choques acontecem muito cedo na vida de muitos jovens, e no meu caso aconteceu agora que sou adulta, talvez porque quando acontecia minha mãe me poupava, e também agradeço por ter acontecido agora que me considero forte para enfrentar isso, apesar da revolta, da surpresa, de ter desmoronado tudo que eu acreditava, eu encontrei todas as respostas para minhas duvidas que pareciam eternas. Desde cedo minha mãe me dizia porque meu pai me negava tanto amor, era um casamento fracassado com dois filhos no qual ele sempre teve uma certa preferência, das bebedeiras, da ausência total, onde só contava com minha mãe, em todas as ocasiões, ele sempre foi negligente na minha educação em geral, tanto financeiramente quanto na participação de atividades, a presença da minha mãe nesses aspectos era tão forte que mesmo chateada não me considero uma pessoa traumatizada, vazia como muitos são. Eu procurei entender que sou a filha rejeitada e ponto, não vou morrer por isso. Mas, hoje em dia vejo que não foi apenas eu quem perdi, esse desprezo dele foi além de mim, e isso afeta outra pessoa que mais me importa nessa historia toda, minha MÃE. Que sempre disse por alto sobre seu casamento que considerava fracassado, sem amor, enfatizando que aquele era seu destino e que o sacrifício era por todas nós. Até que cresci e as coisas ficaram muito claras, mais ausência, mais ignorância, mais bebidas, mais desapego, até que minha mãe se depara com a maior humilhação que poderia considerar: uma mulher da rua entrando porta a dentro da nossa casa para cobrar o dinheiro pelas noites de sexo que teve com ela, depois de noites sem adormecer preocupadas com suas noites fora de casa, eu realmente subestimei sua capacidade de fazer algo que por tempos se tornou o pior dos fins familiares, eu me sentia a salvo da destruição do lar mas, minha família nunca foi uma família, e já estava destruída há muito tempo.

Foi um rio que passou...

RODRIGO – “Ana, minha querida… Dizem que o amor acaba, que o amor termina; mas não é verdade: nada acaba, tudo dura, continua… E se transforma… Enquanto eu aguardava aquela cirurgia, mil anos se passaram… As duas estavam lá dentro e eu pensava: se acontecer alguma coisa com elas, eu morro, e… Quando a gente morre, dizem que passa um filme da nossa vida na nossa cabeça e, por isso, eu vi… Vi vocês duas, meninas, chegando na nossa casa… Vi nós três juntos, ainda pequenos, em tantos e tantos momentos… Vi você erguendo taças, troféus; tua imagem na revista, inacessível, distante da criança que eu era, e que você também… Depois a nossa fuga de casa… E o nosso medo, e a nossa coragem… E o salto sem rede que, tantas vezes, se chama amor… Vi você voltando e, no fundo dos seus olhos, como um rio, tudo o que a gente não tinha vivido… A partir daí, eu me vi dividido, entre dois amores, entre duas vidas: uma, que eu estava vivendo; e outra, que eu jamais tinha podido viver… E durante os meus piores momentos, enquanto eu aguardava naquela sala… Como se a doença da nossa filha me tivesse curado; eu entendi que não havia mais divisão nenhuma: o que tinha sido vivido; o que tinha ficado pra trás…  tudo era parte de uma mesma história, de uma mesma vida, e de um mesmo sentimento… Amor… E foi, então, que eu vi: nós dois, juntos, cruzando a fronteira…”
ANA –”Como se eu tivesse alcançado a outra margem de um rio… O rio onde a gente se amou pela primeira vez; o rio do meu acidente… Mas sempre um rio… E porque, naquele momento, eu precisava ser forte – finalmente, e sem escapes – eu consegui atravessar aquele rio eterno; como se, num instante, eu tivesse vivido todos os anos que ainda estavam parados em mim, me esperando… Do outro lado da fronteira que, sem perceber, nós já tínhamos cruzado: uma infância compartilhada, uma adolescência truncada, uma juventude não vivida… Do lado de cá, dois adultos maduros, finalmente libertos daquele fardo pesado, feito de lembranças e sonhos antigos… Porque há sonhos novos do lado de cá da fronteira… E agora podemos viver.”

terça-feira, 6 de março de 2012

Lembro-me bem que desde criança eu escrevo, hoje em dia as pessoas se separam de alguma forma, sempre havia algo que me separava das pessoas. Eu tinha diários, e lembro que tinha uma amiga de infância que a gente trocava cartinhas, o pai dela trabalhava em uma obra na minha casa e todos os dias eu fazia um desenho e escrevia: ele levava as minhas e me trazia as dela. E quando a gente se via pessoalmente não tinha quase assunto, a gente se abraçava e sorria uma para outra, nosso silencio fazia parte de um código porque nossos segredos eram revelados somente naquelas cartas. Escrever é mágico porque nos aproxima de nós mesmos e de quem a gente gostaria de estar perto mesmo estando longe, hoje em dia não a vejo mais, teve um domingo que eu chegava da igreja e a vi de longe, nos olhamos meio sem jeito a amizade não desenvolveu na adolescência e nem agora mas, ela me traz uma coisa boa, porque o que ficou foi aquela ternura.

Fim de Semana *.*

Fiz um contrato com a noite
O céu sorriu estrelado
Ruas vazias de gente
Testemunhando desejos
Antecipando teus gestos
Leves, complexos, simples (...)








ESCOLINHA DO BARULHO!