Finalmente Singular!

Acho que minhas amigas Dai e Claudia vão gostar de saber que finalmente me tornei uma pessoa singular nos relacionamentos. Eu sempre fui a solteirona desencanada do trio, enquanto Daiana estava sempre com seus namoros tortos e Claudia com um único namoro toda vida, eu não queria aquilo, talvez porque éramos jovens, as três e nossos exemplos de relacionamento passavam longe do ideal. Mas, elas tentaram e tenho certeza que aprenderam seja Daiana com os seus e a Claudia com seu único de todos aqueles anos, e eu sempre pulando de uma para outra, eu não pregava poligamia, me via sempre apaixonada, sempre encantada, fantasiando, mas era solta, livre mesmo estando com alguém, eu não pertencia a pessoa mas eu me entregava à ela tanto quanto. Eu era feliz porque podia levantar meia noite da cama entediada, colocar uma roupa, um sapato e sair sem me preocupar com satisfações, sem telefonemas obrigatórios, eu não era a NAMORADA, mas era a AMIGA. Eu não queria abrir mão disso como elas faziam sem nenhum problema. Mas, o tempo passou, e vejo nitidamente a  falta de necessidade de colocar um salto alto e sair, ir atrás de algum amigo, essa fase estou completamente carente de coisas caretas como filme no domingo à tarde, usar o blusão do namorado após passar a noite juntinhos, ir ao cinema, conversar, desabafar, beijar com amor, fazer amor, sentir borboletas no estomago, sentir ciumes, sentir falta, telefonar para ouvir sua voz antes de dormir. Hoje busco ser uma mulher simples de vida singular, coisas tolas, é a coisa mais difícil de encontrar.