quarta-feira, 25 de abril de 2012

    Tem dias que parece que as coisas começam errado sem motivo algum, e eu detesto esses dias. Eu sempre disse que não queria sentar: e ver a vida passar, meu lema era viver sem ver o tempo passar. Mas, ele passa, com ou sem fazer a vida valer . Eu estou viva ora, eu sei. Mas, hoje é diferente eu me sinto vivendo, que é completamente novo pra mim, viver nunca foi problema nunca houve censura, nada nunca me segurou, nos últimos tempos que eu estou me segurando: que é uma babaquice. Nada mais me aborrece por muito tempo, não me importo no quão as coisas não estão dando certo, quantos tropeços eu dou no meio da rua, depois do primeiro caralho: segundos depois estou sorrindo, não me importo se meu celular não toca, que meu inbox não tenha mensagens, que ninguém sente a minha falta, e isso me trouxe um aprendizado que há tempos buscava: eu aprendi a procurar, se eu quero ver eu ligo, eu apareço, eu chamo para sair. Isso me faz se sentir livre das pessoas, e ao mesmo tempo mais gentil com elas. Eu tardo mas, apareço:-como diz uma querida amiga, não sei se as pessoas gostam muito de surpresas, mas eu sou dessas que sumo e apareço do nada. Deixei de ser boa ouvinte, portanto deixei de falar também, nada mais justo. Impaciente e ansiosa, então não se surpreenda se eu te ligar e fazer você passar horas sentada em um bar, vendo meus copos esvaziando impulsivamente em silêncio, que depois ganha voz-e se eu chorar, se eu rir, se eu me zangar - também não ligue, geralmente nunca sei o que acontece no final. Acho incrível que essa mesma amiga não bebe, mas, ela chega, conversa mais alegremente do que eu que estou me inundando de alegria instantânea (álcool) ela fala, e eu escuto, depois de muitos copos que eu começo a abrir a boca, sou movida a coisas, e isso é péssimo, acho que todos hoje em dia são assim:-somos moldados para uma coisa, escolhemos nossas profissões, nossos estilos musicais, nossos estilos de vida, as crenças, “escolhas, escolhas”, que nos levam a um monograma que com o tempo não basta, chega uma hora que devemos ser levados por outras emoções, outros pensamentos, opressões que só mesmo isso para nos tirar um pouco no nosso casulo inventado. 

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