segunda-feira, 2 de abril de 2012

Hoje eu superei meu nível dramático, depressivo, fudido, então sem julgamentos, eu preciso escrever o que estou sentindo. Guardo uma magoa muito grande aqui dentro, e sim-eu havia prometido que não iria lamentar, chorar, xingar todos os palavrões existentes no meu vocabulário baixo nível, mas não posso prometer nada, eu sou mentirosa demais e eu não consigo esconder meus sentimentos por muito tempo, então não me importo em ser uma narradora drama.
Se não é fácil, não tem o porque dizer que não é, as pessoas dissimulam tão bem, não gosto de sorrir quando tudo não está bem, o tempo vai passando e eu tento encobrir o céu com nuvens brancas, mesmo que no dia anterior tenha passado uma tempestade, mas a natureza é foda, e o tempo muda é lei. Essa é uma forma de descrever o que é a vida, o céu azul com nuvens brancas e cinzas, uma vez com sol iluminando nosso ser, e um mundo cor de nada, cor de sujo, cinza sem graça, desesperador.
Quando ele estava aqui, havia dias tempestivos, mas nada que eu vivesse aquilo sozinha por muito tempo, muito pelo contrário ele fazia virar sol novamente, lembro-me mais de dias ensolarados do que dias escuros.
E essa falta, é algo sem nome, com toda minha literatura, com todas as minhas inspirações em historias de guerras, de perdas, de morte de vários sentidos, não encontro sequer uma frase para falar sobre minha perda. Aqueles eram personagens de livros, filmes, e estou falando de minha alma gêmea ora, estou falando de uma vida, de uma historia real e vivida, sentida. Eis, que vem o pesadelo que sinceramente eu esperei durante esse tempo todo mas demorou tanto para acontecer que me trouxe aqueles sentimentos que me pareciam distantes mas, que estão aqui prontos para me ferir. Chovia bastante, violentamente, estava sozinha,
e me sentindo sozinha também, ele vem desesperado, tive tanto medo e ao mesmo tempo ternura e alegria, sua alma para mim é a mesma coisa que ter ele de volta, ele dizia um nome, ele fazia um apelo desesperado, aquele nome desconhecido era repetido constantemente na minha cabeça, eu tinha que correr mas eu fiquei uns minutos com ele, porque a saudade era tanta. Depois eu corri, repetindo aquele nome e sobrenome, era a descoberta da minha vida, é o meu maior desejo- uma possibilidade então, frustrada, que me parece tão impossível, e eu acordei e sequer me lembro do nome, só lembro de um outro nome que me parece muito com algo que já é obvio, me sinto impotente, péssima, e isso me machucou muito, meu amor fique em paz, Deus está com você, com todos nós, deixa tudo nas mãos dele porque ele sabe de todas as coisas.

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