terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Homens e seu - quase silêncio!


Uma qualidade que acaba sendo minha decadência moral mas, que admiro muito, a forma que os homens tem de se expressar em poucas palavras, isso me irrita muito porque eu falo sem parar se deixar. Nas minhas relações quando começava a falar, falar e falar, meus lábios se mexiam e ao mesmo tempo meus olhos esperavam alguma reação, eu esperava que eles dissessem tantas palavras quanto eu  para dizer o que sentia. E eles diziam uma única frase, que me calava, que me decepcionava, eu me sentia indiferente, eu me sentia tão pequena a ponto de meus sentimentos se resumirem em uma só palavra. Mas, com o tempo eu descobri que todos os homens são assim, com minhas poucas experiências, eles me acolhiam em seu peito, me fazia um cafuné e diziam: 'vamos conversar': até que eu falava, falava, e falava e eles ouviam, ouviam, e ouviam, e aquilo tudo se tornava sem graça, e eu adormecia. Então, eu não buscava mais conversas, eu buscava um abraço, um peito onde eu pudesse dormir e sonhar, e foi assim por um longo período.
Mas, a arte de se comunicar em poucas palavras é algo relativo, quando eu ignoro uma pessoa, ou demonstro indiferença eu fico quieta. Quando não estou gostando, eu deixo falando sozinho, nem me dou o trabalho de responder, sim isso é irritante, mas eu adoro ser irritante com quem merece. Eu achava que meus amores não me amavam porque não diziam coisas, porque quando eu amo alguém eu não poupo as palavras, mas eu não posso esquecer que eu sou uma mulher, e uma mulher dramática, que assistia novelinha mexicana e sou uma clichê de livros românticos, eu sonhava em ser poeta até que descobri que os poetas são   
carentes de amor, não que eu não seja carente de amor, mas acho que eu precisaria quebrar a cara mais vezes para ser uma poeta nata. Vire e mexe eu escrevo algo, leio algo, canto algo, olho a lua, sento num bar e admiro as pessoas 'felizes' (não sei se são felizes mas, o sorriso é a luz da alma), eu sou uma mistura de tudo que gira ao meu redor, eu tenho muitas incertezas, e esse é o fundamento de tudo.

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