quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Primeira pessoa do Singular.

Ser singular não é simplesmente ser única, não existe uma definição  concreta. Nascemos com o dom e objetivo de se amar em primeiro lugar, e isso basta. Temos a liberdade de não estarmos presos à ideia de que só seremos felizes se existir outra pessoa na história. Quem a gente se relaciona pouco importa, somos em primeiro lugar em tudo.
Se surpreender é algo fora de cogitação na vida de uma pessoa auto suficiente como a gente, posso até passar horas ouvindo um papo furado , elogios e faz e acontece. Mas, internamente estarei mais entediada do que nunca, mas dou cordas para massagear meu ego enquanto acho tudo aquilo chato. Não faço questão de um segundo encontro se o primeiro não tenha valido a pena. Nunca me cobre, se pegar meu numero e eu não responder ou atender, favor não insista. Não tem nada que me faça correr mais de uma pessoa do que a “insistência”. Deixa eu procurar se houver algum interesse.
Quase nunca ligamos, não corremos atrás. Se deixar esfriar: a gente congela!  Se não procurar, sintam-se ignorados.
Somos práticos, se recebemos uma mensagem visualizada dias e horas depois, não tem cabimento responder: “só vi a mensagem agora, era importante?”, gostamos de tudo no nosso tempo, passado é passado.
Somos naturalmente desconfiados, entramos com os dois pés atrás numa relação, palavras não nos preenchem, expectativas  tampouco, costumamos pausar o coração e aumentar o volume do corpo. Quando a coisa começa a ficar séria, é bloqueio na certa. Celular longe, mensagens não visualizadas, visitas ao perfil ficam restritas, saímos no meio da noite à francesa só para não passar a noite dormindo junto, só pra não ter beijo, cafuné, respiração muito próxima, promessas, frio na barriga, sorriso frouxo no dia seguinte, ansiedade pro próximo encontro, saudade, dependência de toque, de beijo, de voz. Nascemos para evitar que a segunda pessoa tome conta. Mas, pessoas singulares amam, até mais que as que mantém seus relacionamentos sob controle, vivendo aquela falsa ideia de felicidade constante, estampando o perfil do facebook. Tudo que não queremos é viver de mentira, traindo e enganando, é por isso que somos donos das nossas vontades e dos nossos sentimentos, para manter nossa integridade e leveza geral.

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