quinta-feira, 28 de junho de 2012

Só quem tem ansiedade de verdade, sabe o que significa depois de passar dias insegura, irritada, com medo, com raiva, bipolar, incomodada,  o quanto é importante quando chega a paz, quando vem aquele dia em que nem mesmo um jato de cocô de pombo no blazzer de manhã indo com sono trabalhar consegue tirar você do sério. Hoje não admito que nada que me tire do sério se aproxime, então para manter esse estado ameno, resolvi abrir menos o facebook e ler e escrever aqui mesmo, e também não quis pensar em ninguém, em ligar para ninguém, resolvi aproveitar esse momento que dessa vez é só meu. Estou pensando em coisas que gosto bastante de fazer: hoje de manhã eu fiquei uns minutos olhando para minhas pedras que ficam em cima da prateleira, eu organizei em círculos, fiquei esses minutos incomodada em não conseguir uma posição interessante para elas: porque hoje em dia elas falam por mim, minha vida ela anda em círculos a muito tempo, tudo bem eu tenho medo mas, chega uma hora em que nem mesmo aquilo que parece nos segurar não é o suficiente, eu sou uma pessoa muito difícil de conviver, imagine eu ali trancada em um circulo com todo mundo que faz parte do meu mundinho? A primeira coisa que eu pensaria é que não gostaria daquelas pessoas todas ali: e por que eu me mantenho o tempo todo com elas? Praticar o desapego é tão difícil assim? Por isso que hoje estou praticando o eu, eu mesma e eu-para que eu nunca esqueça de mim, porque já estou saturada dessa paranoia de ter que estar, ter que ser-pros outros. Para esquecer de vez a porra desse medo de ser substituída, hoje em dia muitas pessoas só me tem ainda pela procura porque sinceramente apesar desse discurso piegas eu sou a pessoa mais livre quando se fala de semana que vem estar por aí vivendo novas historias, isso não faria diferença se eu não acreditasse tanto no fato das pessoas em si serem insubstituíveis e todos nós sabemos que não são. Eu faria qualquer coisa para ser recebida de volta com o mesmo sorriso, com o mesmo tom de voz doce como antes, mas eu sei que se eu pegar o telefone ou aparecer na frente de algumas pessoas eu sentirei uma fisgada na barriga e um mal estar tremendo com tanta indiferença, dói...mas, não sei o que fazer com o que tenho agora, e não quero o que vem depois...