Embora eu tenha sido forte esse tempo todo, coisa que me impressiona bastante, eu ando numa dimensão tão minha que ainda consigo me surpreender todos os dias, sou capaz de coisas que nunca pensei antes e em outras entro em contradição comigo mesma. Desde que acabamos com tudo há pouco mais de dois meses, tempo esse que não sei ao certo, minha cabeça deleta coisas desimportantes, por isso não me prendo a datas. E também não senti esse tempo como pensei que fosse ele passou tão rápido como se eu nunca estivesse ali, diferente das outras vezes que se fosse colocar na balança todo o drama, sofrimento, lagrimas, como sai ilesa da relação mais verdadeira e mais intensa que eu já tive? Aquele homem era capaz de mover cada célula desconhecida do meu corpo, aflorava todos os meus sentidos, me fazia feliz só com seu sorriso, aqueles olhos me faziam esquecer o mundo, quando dormia com a cabeça em seu peito eu sonhava, aquele era o único lugar que era meu e me fazia bem, porque durante meus pesadelos diários, minha inquietação que geralmente sinto todos os dias sozinha, quando dormíamos juntos isso não acontecia. Porque eu dormia mas, ele não porque toda hora ele acordava para me cobrir e me tirar da ponta da cama, me dava um beijinho carinhoso a cada acordada dessas, uns eu sentia mesmo dormindo, com sono leve eu sentia seus lábios tocando meu corpo, minha pele. Às vezes ele falava algo, mas eu o deixava falando sozinho, ele compreendia que estava ali inerte em sono profundo. E como sou espaçosa quando me afastava 1 cm que seja, ele se aproximava de novo, ele gostava de me sentir assim como eu queria ele o tempo todo do lado. Ele levantava mesmo cansado porque se preocupava pois, sou chata para comer, as vezes quer dizer quase todas as vezes ele levava na cama para eu comer. Ele me escutava muito aliás, ele tinha muita paciência porque me escutar não é tarefa fácil mas, sobre ele pouco falava e foi assim durante 8 meses. E a sintonia? Parecíamos imã, a gente se tocava pelo menos 3 vezes a cada minuto, 1beijo a cada frase, um abraço a cada diálogo, faziamos amor todas as noites que dormimos juntos, até mesmo duas, três vezes e quando eu ia embora de manhã já olhava para trás com saudade. Até agora não entendi ao certo porque eu parei para escrever essas coisas se tudo acabou, estou bem sem ele e não sinto falta dessas coisas como se fosse um desejo ou uma necessidade. Eu tenho consciência de que acabou mas, estou pensando nele hoje em especial porque ele continua aqui e estará para sempre porque eu o amei e espero o amar a vida inteira, ele está no descanso de tela do meu computador junto com minha gatinha, com minha família, comigo, como tudo que há de importante para mim e daí?
Daqui a dois dias é aniversário dele e eu não sei o que fazer, até mais ou menos dois meses atrás eu tinha essa data toda planejada na minha cabeça mas, naqueles meses atrás eu era completamente dele: era sua mulher, amiga, companheira, parceira. E agora? O que eu sou? Que direito eu tenho de sumir da vida dele, porque eu sou nada mais que um termino. Eu não sei por que não consigo ser amiga dele, não consegui continuar em contato com ele, não tenho medo de nada, de recaída, nada disso. Mas, não consigo me ver ao lado dele de outra forma que não seja como eu era, parece pouco de tudo que eu posso ser para ele, a gente se unificou demais, apesar da ternura, da amizade que sempre tivemos na relação, existia o toque que era o mais especial de tudo aquilo, eu vou abraçá-lo e tenho que me conter para não beijá-lo, estou conversando a cada frase estou pulando no seu pescoço como antigamente, isso é algo que deve ser trabalhado, mas é estranho para mim e incomodo. Enfim, não queria ter te perdido assim não sei nem mais onde você mora (...)
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